E lá vou eu lá vou eu, hoje a festa é na avenida andando na rua, dessa vez passo em frente a um cara (?), ele me olha como se tivesse visão de raio-x. sinto-me como estivesse pelado andando na rua. Ao certo não consigo distinguir se ele me olhou só por olhar ou por... Quem sabe?
O assunto muda se encontro um grupo de “homens femininos”.
-Abafa!
-Que foi viado? (gritando)
-Olha o bofe
Meu Deus! Se antes me sentia envergonhado de ser alvo de cobiça das mulheres, imagine agora que estou sendo atacado por “travequinhos saborosos”.
-Oi nem!
Oi?! Me conhece?! Nunca vi mais fei-o/a. Penso eu, olhando fixamente para frente.
-Mafiosa! Eu vi primeiro.
-Alôca!
Os “travequinhos” estão debatendo quem me viu primeiro?
Inacreditável! E o pior, eles não têm o menor pudor ao querer expressar algum sentimento.
Conseguiu perceber a diferença?
O homem(?) olha como se eu fosse uma obra de arte. O homem feminino (travesti) me olha como dinheiro arriado em despacho de macumba.
Ainda estou tentando descobrir o que chama atenção em mim, seja com mulheres ou com mulheres de tromba
A verdade é que já estou me acostumando com esses tipos de insinuações. Agora, se saio na rua e ninguém mexe comigo, me torno o patinho feio, penso que há algo de errado comigo e dessa vez é pior do que se estivessem mexendo.
Prefiro que continuem mexendo, olhando, insinuando. Porque se um dia eu passar por uma escola lotada de meninas e nenhuma sequer der uma olhadinha, já sei que a cacura me pegou, de que preciso da “equipe Pitangui” para um transplante de rosto, de repente até dos perfumes da atração.
Enquanto continuo bonito (SIC), vou aproveitando minhas fãs. Toda vez que estiver cabisbaixo, dizendo que ninguém me quer, saio pela rua e espero até uma cantada ou um simples olhar.
E eu não estou ficando convencido. É que devo ser realmente bonito!