Eu tenho horror a pobre!

Não tenho nada contra pobres, até mesmo porque sou um. Tenho quase certeza que maior parte dos usuários de blogs é de classe superior ao da linha da pobreza, contudo não é pra falar de vocês que estou aqui e sim dos menos favorecidos.

É, na realidade, daqueles que menos pagam impostos e os que mais exigem do governo, isto porque posso observar durante meu trabalho que algumas dessas pessoas queixam-se de um nobre atraso, atendimento diferenciado e por vezes de serviços que não estão incluídos em meu trabalho. pra quem não sabe trabalho como militar paramédico.

Um grande exemplo foi quando recebi um aviso para atender uma emergência passada em determinado horário e chegamos ao local em 7 minutos. A senhora que acionou a viatura, indignada, retaliou o nosso processo de regulação e disparou:

- Vocês não podem demorar desta maneira. Isso é um absurdo! Eu que pago o salário de vocês!

Rá! Até parece... Acostumado com diversas situações, como esta da minha patroa, fui diretamente ao seu relógio verificar o seu uso, pronto! Observei que o relógio permanecia parado, mesmo com as luzes acesas e ares condicionado ligados. Pasmem! Minha querida patroa usufrui de energia elétrica gratuita, não é incrível? A minha reação foi a de expressar a seguinte frase:

-Acho que se a senhora pagasse pelo menos a sua conta de luz talvez ganhássemos um aumento.

Daí partiu pra discussão e a rápida retirada da vítima que sofria de dor toráxica por flatos. {Peido enrustido.}

E não é só isso que maximiza a minha insatisfação. Ainda pude comprovar no novo “point político” denominado Complexo do Alemão que as nossas atuais políticas incentivam a pobreza, visto que crescentes gratificações têm feito parte do cotidiano dos pobres coitados. Reforma de casas/barracos; entrega de casas para evitar a favelização vertical; a imposição do exército brasileiro nas comunidades como forma de pacificação; A entrega de notebooks grátis com justa internet grátis, a fim da inclusão digital; entre outras formas de dá gratuitamente alguma coisa para aqueles que nada possuem.

É claro que algumas dessas políticas possuem seu lado benéfico. Em contrapartida, muitas dessas medidas são facilitadores para os meus patrões permanecerem na mesma situação. Há de se convir que, se eu estou ganhando de forma fácil não há razões para que eu saia do lugar que invadi/moro.

Ora, seria uma feliz realidade se a igualdade beneficiasse a todos de um modo amplo, mas não é assim que acontece. Trabalha-se muito para conquistar um lar, comprar um notebook e reformar sua casa demanda custos que se tem que orçar em dirimir outros.

O socialismo está longe de acontecer no Brasil e não é justo que uns trabalhem muito, paguem seus impostos para que outros sejam beneficiados nas comunidades contribuindo para o marketing político.

O investimento deve ser feito na geração de empregos, renda e educação. Acho que se continuarmos dessa maneira haverá investimentos em barracos, porque talvez seja mais rentável do que colocar na poupança. Já imaginou ganhar um monte de coisas porque você é pobre?

Complexo de favelas do Alemão em contraste com a cidade do Rio de Janeiro